quinta-feira, 20 de novembro de 2008

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Com muita emoção... que eu dou a notícia que tenho internet de novo. E ca-la-ro... a primeira coisa que me veio a mente foi: postar no Miagui.

Então... Primeiro um post sério (mais que o normal...) que havia feito há séculos... e depois a vida continua...


É díficil para brasileiros-caipirinha-samba-carnaval dedicarem um momento de reflexão ao marco de 50 anos do holocausto. Calma! Não queremos culpar ninguém por isso! A verdade é que um em cada 200 mil brasileiros conhece alguém que é descendente de judeus ou seja, um fato completamente fora da nossa realidade. Mas a verdade é que... o Holocausto será uma ferida eterna na humanidade e... o babado foi forte. Por isso nem de perto queremos fazer piadinhas sobre judeus (pq néam... teria menos graça que piada de português). Para mostrarmos que somos bons cidadãos do mundo, fizemos um TOP 5 filmes com judeus. Nem de longe são filmes que mostram apenas os judeus como coitadinhos e sofrendo os horrores da guerra... mas é nossa tentativa de não passar a data em branco em terras tupiniquins.

5) "A Lista de Schindler" (1993, Steven Spielberg) – Comecemos nosso ranking com o filme “vamos chorar pela causa judia”. Ignorando as milhares de críticas recebidas sobre o fato de Schindler ter sido ou não um filho da put& explorador de judeu... a verdade é que o filme do único diretor independente do mundo** , Steven Spilberg, é muito exitoso na empreitada de botar todo mundo com lencinho na mão com as fortes imagens de judeus sendo torturados – ainda que botando TODOS os clichês de uma novela mexicana numa Alemanha nazista.

- Outro lencinho, por favor!


4) "Amém" (2002, Costa-gravas) – Ainda no clima “vamos ficar com o estomago embrulhado”... O diretor totalmente anti-capitalista Costa-Gravas, opta também por contar os horrores sofridos pelos judeus, através da história de uma personalidade que tenta lutar contra o sistema. O personagem escolhido pelo diretor também era alemão, e ironicamente, fazia parte da força militar nazista. Mas o bom moço não concorda com o uso das câmaras de gás e tenta alertar o mundo revelando para a Igreja Católica tudo o que passava nos campos de concentração. Mas néam... como é Costa-Grava... Ca-la-ro que tinha que ter uma crítica à Igreja e aos Estados Unidos... porque na verdade, ninguém fez porcaria nenhuma.

3) "Os Falsificadores" (2007, Stefan Ruzouritzky) – Não fugindo a regra... o filme também conta os horrores da guerra ao narrar a história de um personagem. Mas esse ainda consegue fugir um pouco do clichê. O judeu protagonista, aos contrário do perfil em geral “bom moço que sofre com as torturas”... era O pilantra e não tava nem aí – a príncipio – pela causa judia. Mas néam... Como é um filme de judeu... é claro que ele se torna um bom moço. (O filme ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro esse ano...



*e ainda conta com a neta de Charlie Chaplin interpretando uma piriguéti...

2) "Desconstruindo Harry" (1997, Woody Allen) – Dando aquela chance para respirar... um título da quilométrica filmografia do judeu mais neurótico e engraçadinho de todos. Nãaaaao... Woody Allen não quis fazer sua versão de “A vida é Bela”... e nem toca no babado sobre a guerra e talz... Mas como ele tem o mérito de não deixar o mundo esquecer que existem os judeus e eles são pessoas normais – parecidos até com os brasileiros :P – conquistou o lugar no nosso ranking super Cult... hohohoh Mas néam... a gente imagina que o filme não caiu muito na graça da comunidade judia... principalmente, a parte com Demi Moore.

1) "O Ano em que meus pais saíram de férias" (2006, Cao Hamburger) – Você tá certo. Esse é outro filme que também não tem nada a ver com o holocausto... maaaash... que tem o feito de fomentar a temática “judeus” na filmografia brasileira (o que acontece uma vez a cada dois encontros de Júpiter com Saturno). E ainda... apesar de não falar do holocausto, fala da ditadura militar no Brasil... um babado forte também... que serve como um tipo de parâmetro de comparação de herança dolorida. Ai ai... drama com criança órfã + ditadura + velhinho judeu. Brasil nunca mais vai conseguir fazer um filme com perfil tão “oscarizável” (se o diretor fosse pop como Fernando Meirelles... tsc tsc)


- Bota féque a gente não ganhou o Oscar?!


E o prêmio "hour concour" vai paaaaaaara... "Noite e Neblina" (1955, Alain Resnais) - Cancele aquele jantar com a família... Desmarque a hora no cabelereiro - quando você assistir, entenderá a analogia. Resnais, que na época relutou em aceitar dirigir a produção com medo de que ficasse marcado como documentarista - e acreditem, o documentário marca - consegue reconstruir os dias nos campos de concentração e todo os atos desumanos passados alí. O babado mais forte é que se você vê a cópia restaurada, não vai acreditar que o filme já tem 50 anos. Enfim... Uma filme para quem está preparado para ficar depois de assistir, duas horas em introspecção profunda.

** Para finalizar... um super deshcolado “O que é? O que é?” Pergunta: Qual é o único cineasta independente do mundo? Resposta: Steven Spilberg... O único que tem dinheiro suficiente pra fazer com seus filmes só o que lhe der na cabeça.